Nascido no ano de 1906 em La Unión, uma pequena cidade de Nariño na Colômbia, o advogado Aurelio Arturo atuou por muitos anos na área do direito antes de ser publicado como poeta. Em 1928, durante a sua graduação como advogado na Universidade Externado de Colombia, publicou seus primeiros poemas na revista da universidade e lançou algumas traduções como atividade recreativa. Foi somente em 1963 que teve seu primeiro e único livro de poesia publicado, Morada al sur, que compilou uma série de seus poemas escritos entre os anos de 1945 e 1963.
Arturo cresceu em um pequeno povoado longe das guerras civis da capital e teve uma infância cercada pelo mundo rural. Porém, quando ainda jovem, se mudou para Bogotá, onde viveria pelos próximos anos. Foi, então, que iniciou sua carreira legislativa e atuou como magistrado, além de se vincular à Embaixada dos Estados Unidos como tradutor. O início da sua vida adulta como estudante universitário em uma capital foi dividida entre suas responsabilidades profissionais legislativas e sua escrita poética, uma paixão que ficou por muito tempo silenciosa e escondida dos meios de divulgação.
Com o cargo de funcionário cultural da Colômbia e da Embaixada dos Estados Unidos, dirigiu a rádio revista literária “Voces del Mundo”, que instigou a participação de muitos jovens na literatura, assim como a sua própria. Começou a traduzir poesia contemporânea de língua inglesa e desenvolveu melhor suas habilidades criativas de escrita quando viajou aos Estados Unidos. A partir de 1932, começou a escrever poemas para veículos de comunicação colombianos, como El Tiempo e El Espectador, e fez parte do grupo literário “Piedra e Cielo”.
Em 1963, é editado e publicado seu único livro de poesias, Morada al sur, que junta em uma obra os diversos textos publicados pelo poeta durante a sua vida como escritor de diferentes revistas e jornais. O livro apresenta quatorze poemas que enaltecem as memórias da terra natal do autor. Nele, o paraíso é encarnado através da natureza, que permite ao homem e à mulher se fundirem à terra. Além disso, o mundo é contemplado pelas suas riquezas naturais e pelos sentimentos humanos mais profundos. Como resultado, o livro de poemas ganhou o Prêmio Nacional de Poesia Guillermo Valencia e, em 1977, o Instituto Colombiano de Cultura adicionou mais dezessete textos à obra, totalizando 31 poemas escritos entre os anos de 1931 até 1960.
Após ser diagnosticado erroneamente com câncer em 1971, Arturo passa por um procedimento cirúrgico que resulta em uma morte clínica. Porém, somente três anos depois, no dia 24 de novembro de 1974, que morre devido a um aneurisma. Poucos meses antes de sua morte, o advogado e poeta havia recebido um diploma honorário de Filosofia e Letras da Universidade de Nariño, sua terra natal na Colômbia. Aurelio Arturo, uma pessoa que iniciou como desconhecido nas artes, hoje é prestigiado e respeitado pelas gerações mais novas de literários.