Corre no chão do corpo um rio escuro
de turvas águas e desejos fundos
linfa ancestral entre pêlos e apelos.
Nela, um boto prestes ao bote habita
e investe para que outros rios se gerem
e a vida não se aborte e eterna jorre.
Cabral, Astrid. “O boto no corpo.” Cage. Austin: Host Publications, 2008. p. 38.