A ararajuba
de sol e selva vestida
solta-se do galho e pousa
para espanto do turista
na mesa onde repousa
o lauto café da manhã.
Bem à vontade
bica e pinica as talhadas
de mamão e manga
reservadas aos hóspedes.
Mesmo entre pires pratos bules
xícaras talheres e guardanapos
a ararajuba não é intrusa.
É a própria real anfitriã
no ouro da manhã em Marajó.
Cabral, Astrid. “Na pousada dos guarás”. Cage. Austin: Host Publications, 2008. p. 26.