Ecopoesia

O corpóreo…

Sérgio Medeiros

– Sim. Uma coisa corpórea – disse o rapaz para si mesmo.

– As árvores estavam próximas. Toquei ou quase toquei sua textura seca. Áspera. Os galhos se moveram sobre mim.

 

Dizendo isso ele sai do bosque. Um bosque ralo. Perto de Brasília.

 

O rapaz é um guarda-florestal ou um vagabundo. Ou acima de tudo alguém que – inicialmente – desejava protestar  contra uma injustiça andando a pé sob o sol inclemente.

 

Medeiros, Sérgio. "Sexo Vegetal". São Paulo: Editora Iluminaturas, 2009. p. 48




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