– Sim. Uma coisa corpórea – disse o rapaz para si mesmo.
– As árvores estavam próximas. Toquei ou quase toquei sua textura seca. Áspera. Os galhos se moveram sobre mim.
Dizendo isso ele sai do bosque. Um bosque ralo. Perto de Brasília.
O rapaz é um guarda-florestal ou um vagabundo. Ou acima de tudo alguém que – inicialmente – desejava protestar contra uma injustiça andando a pé sob o sol inclemente.
Medeiros, Sérgio. "Sexo Vegetal". São Paulo: Editora Iluminaturas, 2009. p. 48